Sim, eu tenho este vício, não encaro ele como tal, não sei se concordo também com quem diz que é normal, mas parece que sua implantação numa rotina que tenta se estabelecer ainda indefinida, é algo vital.
Você resolve se incluir nesta fuga, não conhece o tanto que esta energia te toma e te suga, cresce, inverte, transforma e mistura, se o processo fosse instantâneo, talvez seria instintivo, e se ainda não pareço manco, é que por horas consigo dar ouvido, a inteligência que impera, a vontade que é substituta, o sentimento que não cura, o dia que não se eleva.
Triste demais chamar de sofrimento, ridículo demais dizer que passa com o tempo, sacrifício desnecessário encarar como tormento, são só a reunião de segundos que chora, os minutos que gritam, as horas que recusam demora, só olha, não se considera, vitória, não é o que interessa, chega mais perto, faça o que é certo, dorme enquanto pode, se for o caso, só acorde, enxergue, coce, cuspa, sente-se ... olhe a data, abra a agenda, assine qualquer ata, faça uma emenda, leia seus informes, decore outros nomes, finja o absoluto, se na vida nem tudo se pode ter, do que adianta o querer, por que se traça tanta luta ?
“Garcia abriu a janela, olhou e aceitou a lua, da forma como era, não estava linda, mas estava singela, afinal ele não tinha muita escolha, com o céu nublado, ou era o espelho, ou era ela, ele esticou o braço, e acenou docemente, sorriu mesmo não estando tão contente, disfarçou um pouco, com medo que alguém ironizasse este fato que estava se desenrolando tão suavemente, ele chorou um pouco, porque a lua estava muda, ele chorou de novo, porque em poucos segundos ela também ficou escura, mas este sonho acabou, lhe puxaram pela bermuda, a sua hora de sol havia acabado, não importa agora nem o que poderia ser lamentado, em passos largos mas sem pressa, ele já estava enjaulado, e rapidamente dormiu, pra tentar ver agora se a nuvem destampou as estrelas, se de tantas ele poderia namorar alguma, se a lua aprovaria esta união, e se sua vida poderia enfim, ser mais de uma.”
Você que anda por essa calçada torta, você que cruza olhares e não se importa, você que conhece faces mas não semblantes, faz tantas coisas lucrativas, sem se precaver que também sejam brilhantes, calma, estou aqui pra respeitar a tua ignorância, pedir que tente entender um pouco da minha esperança, só sou um protegido daquele que se encontra numa sela, onde quase nada se alcança, abandonado pela pouca imaginação que às vezes falha, mas ainda se cria, superando o que você considera elegância, somos apenas viciados em tentar morar num mundo que se diz comportado, faz tudo de modo complicado, simplifica só o que deveria ser alastrado, e abandona aqueles, que nem entendem direito pelo que passam, entendem mal as frases que começam com “façam”, mas ainda tentam acreditar na categoria “abençoado”, acabar esta caminhada em algum momento, e finalmente encontrar alguém que carregue a verdade, e se ponha ao seu lado.
terça-feira, 30 de junho de 2009
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Alcance vagaroso, pensamento tenebroso, lembrança estúpida, queda – súbita !!!
1º degrau, ainda se tratava de um ser humano, ainda se apressava algum sentimento, ainda se media o que bastou de um fomento, as minhas características já não mais me pertenciam, só você estava reluzente, pelos dias que sobreviviam, transportei o gasto, remendei o caro, superlativou-se, este é o momento ...
13º degrau, qual a dúvida que nunca sobrepos uma certeza, qual certeza que nunca se indagou um pouco confusa, que pergunta nunca se calou pra aceitar a minuta, que assinatura nunca apelou por estar no verso, a assinatura logo abaixo, ignora a linha, a sua companhia tão instável, preferiu a minha sozinha, e teimoso eu percorro, até que se definha...
25º degrau, se o mundo só morre, quando perde-se toda esperança, se a inocência ainda retorna, pra quem desistiu de ser criança, o alimento ainda brota, da semente que ainda se solta, das alegrias que ainda se joga, o ar que emito na sua intenção, seu olhar que interpõe, vem pra minha vibração, do que me importa a verdade absoluta, eu só quero agora, que você pronuncie “sua”, e me dê a mão, pois a nossa próxima parada, vai além da lua ...
37º degrau, se a palavra não finda no verbo, como saber que o que se espera, se acerta, se não for a palavra exata, é melhor não ser palavra nenhuma, da minha assadura, já chorei os dias, das minhas frieiras, já escutei ironias, e só você brinca, com esta unha encravada, conhece este cabelo tosco, de uma manhã mal levantada, mas os nossos pensamentos nos traíram, cometemos talvez algo pior que o adultério, e mesmo assim, acho que posso dizer algo, para reaver este privilégio ...
51º degrau, e aqueles dias que foram tão queridos, e eu nem me achava tão sábio, o comportamento que pra tantos foi ridículo, e é o legado que a gente deixou pra todos, algo fantástico, o sorriso que se escondia sob a almofada, aquela sobremesa doce, a cadeira de balanço, a sobra da salada, fazia tudo junto, fazia quase nada, lançava o olhar pro mundo, “olha aquela senhora”, “o que tem ela”, “que engraçada” ...
73º degrau, derepente a gente não mais se olhou, numa hora normal como essas, simplesmente não fez sentido porque tudo isso tanto significou, não era você que eu tinha no meu passado, não era eu nem o embrulho do seu presente, de um plano para o futuro, talvez fosse a prestação não paga, os juros que correm soltos, uma cilada, e começou a ficar melhor aquela cadeira no fundo, aquele estranho sortudo, que te olhava e dizia, “pode sentar, não tá guardada”
89º degrau, do que adianta então, não quero ser santificado, só quero ter alguém do lado, só quero você, e nosso abraço apertado, esse olho marítimo, de um céu nada nublado, essa sintonia absurda, de quem enxerga além do atravessado, afinal de contas, eu só te amo, porra, e só não quero ser mais ignorado, não quero saber quem de nós foi mais injustiçado, só quero agora perdoar a vida, e deixar que ela se resigne, nos libertando desses quartos diferentes, quartos tão fechados.
101º degrau, eu sempre achei que ano ímpar não dá sorte, ano par, pelo visto, menos ainda, por que sendo paixão tudo tem que ser incerto, por que sendo amor é melhor ter um livro aberto, por que entre tantos possíveis, eu fui logo cair no seu, eu fui logo ser tão complexo, por que depois de tantos passos, fui logo encontrar este papel, por que com tantas coisas ainda não ditas, você preferiu se cobrir sob o véu ....
“não seria correto querer começar esta história, apague literalmente qualquer coisa que tenha alojado enquanto memória, você quer tanta coisa da vida, que não vou fazer diferença na sua vitória, e não me faça falar mais tão difícil ou bonito, entenda de uma vez por todas, porra, eu fui embora...”
o tempo nunca foi tão certeiro, a fecha nem precisou de um arqueiro, um segundo foi até muito para devolver a razão, a descida de elevador levou minutos, que ignorou o que sente o coração, e esse dia tão ordinário, ainda me força sucumbir, tamanha emoção !!!
13º degrau, qual a dúvida que nunca sobrepos uma certeza, qual certeza que nunca se indagou um pouco confusa, que pergunta nunca se calou pra aceitar a minuta, que assinatura nunca apelou por estar no verso, a assinatura logo abaixo, ignora a linha, a sua companhia tão instável, preferiu a minha sozinha, e teimoso eu percorro, até que se definha...
25º degrau, se o mundo só morre, quando perde-se toda esperança, se a inocência ainda retorna, pra quem desistiu de ser criança, o alimento ainda brota, da semente que ainda se solta, das alegrias que ainda se joga, o ar que emito na sua intenção, seu olhar que interpõe, vem pra minha vibração, do que me importa a verdade absoluta, eu só quero agora, que você pronuncie “sua”, e me dê a mão, pois a nossa próxima parada, vai além da lua ...
37º degrau, se a palavra não finda no verbo, como saber que o que se espera, se acerta, se não for a palavra exata, é melhor não ser palavra nenhuma, da minha assadura, já chorei os dias, das minhas frieiras, já escutei ironias, e só você brinca, com esta unha encravada, conhece este cabelo tosco, de uma manhã mal levantada, mas os nossos pensamentos nos traíram, cometemos talvez algo pior que o adultério, e mesmo assim, acho que posso dizer algo, para reaver este privilégio ...
51º degrau, e aqueles dias que foram tão queridos, e eu nem me achava tão sábio, o comportamento que pra tantos foi ridículo, e é o legado que a gente deixou pra todos, algo fantástico, o sorriso que se escondia sob a almofada, aquela sobremesa doce, a cadeira de balanço, a sobra da salada, fazia tudo junto, fazia quase nada, lançava o olhar pro mundo, “olha aquela senhora”, “o que tem ela”, “que engraçada” ...
73º degrau, derepente a gente não mais se olhou, numa hora normal como essas, simplesmente não fez sentido porque tudo isso tanto significou, não era você que eu tinha no meu passado, não era eu nem o embrulho do seu presente, de um plano para o futuro, talvez fosse a prestação não paga, os juros que correm soltos, uma cilada, e começou a ficar melhor aquela cadeira no fundo, aquele estranho sortudo, que te olhava e dizia, “pode sentar, não tá guardada”
89º degrau, do que adianta então, não quero ser santificado, só quero ter alguém do lado, só quero você, e nosso abraço apertado, esse olho marítimo, de um céu nada nublado, essa sintonia absurda, de quem enxerga além do atravessado, afinal de contas, eu só te amo, porra, e só não quero ser mais ignorado, não quero saber quem de nós foi mais injustiçado, só quero agora perdoar a vida, e deixar que ela se resigne, nos libertando desses quartos diferentes, quartos tão fechados.
101º degrau, eu sempre achei que ano ímpar não dá sorte, ano par, pelo visto, menos ainda, por que sendo paixão tudo tem que ser incerto, por que sendo amor é melhor ter um livro aberto, por que entre tantos possíveis, eu fui logo cair no seu, eu fui logo ser tão complexo, por que depois de tantos passos, fui logo encontrar este papel, por que com tantas coisas ainda não ditas, você preferiu se cobrir sob o véu ....
“não seria correto querer começar esta história, apague literalmente qualquer coisa que tenha alojado enquanto memória, você quer tanta coisa da vida, que não vou fazer diferença na sua vitória, e não me faça falar mais tão difícil ou bonito, entenda de uma vez por todas, porra, eu fui embora...”
o tempo nunca foi tão certeiro, a fecha nem precisou de um arqueiro, um segundo foi até muito para devolver a razão, a descida de elevador levou minutos, que ignorou o que sente o coração, e esse dia tão ordinário, ainda me força sucumbir, tamanha emoção !!!
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