quarta-feira, 21 de abril de 2010

impulso involuntário, seguindo, segregado !!!



Simples rima que tira o sorriso de seus olhos, e joga o brilho para os lábios, que parecem ouvir os abraços, beijando as mãos daqueles que a cada dia nos abençoa com sua simples comoção de viver o dia, sem a pretensão da alegria, sem a exaustão da energia, sem forçar para produzir poesia, sem declamar, ou vivenciar, nostalgia.

Simples tropeço que as vezes intercede a loucura, lágrima secundária, que revela profunda amargura, eu sempre ficarei na hipótese, e nunca experimentarei a sua doçura, liberdade sublime de candura, com asas que aprendem a voar bem cedo, para em qualquer caminho, desenhar alguma aventura.

Me devolve a inspiração que o tempo levou embora, me carrega no coração, de quem a vida me apresentou outrora, faça com que os desejos me respeitem, que as paixões não me absorvam, que as loucuras me endireitem, e a razão não me deixe louco, no pensar de um futuro que teme o passado, de um presente que nunca se encontra aberto, de um apelido, que não carrega carinho, mas carrega mérito.

O dia que demora passar, o ano que passa depressa, o gelo que esfria a rosa, o mel que aquece a terra, num segundo você me reacende lembranças, que já estavam adormecidas num templo, acalentadas por seus próprios sonhos, apaziguadas sem nenhum encanto, esquecer ou recordar não são escolhas, nem são fraquezas, são apenas coisas, de algumas dessas coisas que dificilmente se entende, ou prefere acreditar, que a vida não explica.

“ ... pois o que precisamos mesmo não é de explicação, as vezes é só de continuação, mas independente da ação, nas suas infinitas formas, ela sempre acaba em forma de gente, na forma de alguém, com quem a gente possa dividir os sonhos”