A voz que eu mereço, não vem do aconchego
a voz que eu mereço, vem da contramão
dos gritos que foram dados cobertos de medo
dos medos que os gritos deram, na solidão
sozinhos esperam, aguardam o que se foi como ilusão
juntos eles lutam, e vamos correndo, na direção
mergulhando os anseios, em copos pelos meios
desejando alguns brinquedos, arremessando receios
a gente segue porque assim quis, quem acendeu a escuridão
quiseram apagar a chama, que reluto por carregar no peito
tentaram eliminar a brasa, a tímida brasa, que se esconde no meu coração
a voz que eu mereço, vem da contramão
dos gritos que foram dados cobertos de medo
dos medos que os gritos deram, na solidão
sozinhos esperam, aguardam o que se foi como ilusão
juntos eles lutam, e vamos correndo, na direção
mergulhando os anseios, em copos pelos meios
desejando alguns brinquedos, arremessando receios
a gente segue porque assim quis, quem acendeu a escuridão
quiseram apagar a chama, que reluto por carregar no peito
tentaram eliminar a brasa, a tímida brasa, que se esconde no meu coração
o passeio pelo mundo, a perigosa estadia de quem chega tarde
o fluxo venenoso, o turbulento movimento de quem se sente á vontade
a erva daninha, na gostosa tristeza daquelas lágrimas de saudade
o pastoso incolor, na alegria mediana, suposta felicidade
caminhada cansativa, surpresas imprecisas, vidas na variedade
o calor que começa cedo, pela manhã, na boa companhia
as flores que brotam longe, logo mais tarde, recobrindo a fantasia
os ventos que quiseram me levar
mal tentaram me encontrar
logo mais adiante, vieram me buscar
nas folhas que me caíram pela face, que não sustentaram o caule, e acalentaram minhas palavras
nos frutos que não me mataram a fome, apodreceram quem consome, te enraizou nas copas
chegue tarde, mas chegue, eu tento compensar o seu cansaço
chegue tarde, mas chegue, eu prometo que não te desaprovo
chegue tarde, mas chegue, vou te olhar nos olhos, e dizer se me incomodo
chegue tarde, mas chegue, te empresto o travesseiro, se recusa o meu colo
chegue tarde, mas chegue, que vamos juntos só olhas as estrelas, ouvir as músicas não feias, e cantarolar aquelas nossas futuras passagens
chegue tarde, e não demore, que meus ombros estão descaídos, minha espinha, está lá, caída, e eu só me recomponho, com seu abraço
eu sei que eu talvez não mereço, mas o que você instalou aqui, ainda tá aceso, não se entregou para os substantivos do mundo, não se perdeu nos atalhos pouco sujos, nem se entregou na estação que muda em segundos, é a tua voz que eu almejo, no teu abraço que eu me percebo, e eu vou correr pro meu quarto, pra desse sonho não acordar, antes que você chegue !!!
6 comentários:
Muito bom o texto! Parabéns!
www.i-arte.blogspot.com
Como sempre escrevendo delícias de se ler!!!
Abraço!
Li 3 vezes e a cada vez fica mais profundo...ótimo texto
adorei o texto muito bom!!!
e... as vezes realmente dá uma vontade de sonhar pra sempre!
beijo.
Você tem o dom
da escrita, continue assim!
ñ faz muito o meu estilo... mas, em geral, tah muito legal... e a capacidade de escritor dos textos eh indiscutível... vlw
o meu:
www.tonblogando.blogspot.com
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